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sábado, 17 de outubro de 2009

Atividades do Enlace/SEPE


O Enlace - SEPE vem ao longo do mês de setembro/outubro e novembro realizando seminários, para organizar o sindicato, numa política de construção de bloco de esquerda. Temas com juventude, comunicação do sindicato, e reestruturação do SEPE foram debatidos com nossa militância.
E claro que em nossos seminários os fatores históricos que levaram as lutas de classe a determinadas especificações não foram deixadas de lado, no entanto como socialistas sabemos muito bem que as lutas das categorias nada mais são do que a velha luta capital X trabalho. Ou melhor, a luta contra o capitalismo.
Nossa tendência acredita profundamente no dialogo com todos os setores por isto um dos caminhos que apontamos é estarmos abertos a construirmos um grande bloco de esquerda no sindicato para enfrentarmos os ataques que esta estrutura vem recebendo de forças políticas de direita.



  1. Calendário das Atividades do Enlace - SEPE

  • 20/10 Planária Sindical do PSOL RJ SINDISPREV 18:00H.

  • 21/10 Assembléia da rede Estadual /SEPE - A.C.M./LAPA 14:00H.

  • 21/10 Assembléia da rede municipal / SEPE - A.C.M./LAPA 18:00H.

  • 21/10 Reunião da Comissão Organizadora do Seminário dos Movimentos Sociais - SEPE/RJ 20:00H.

  • 21/10 Reunião da Comissão Organizadora do Seminário Estadual da Reorganização Sindical Nacional - SEPE/RJ 20:00H.

  • 22/10 Reunião da Direção Estadual do SEPE - SEPE/RJ 16:00H
    às 20:00H.

  • 23/10 Seminário Estadual da Reorganização Sindical Nacional / Debate sobre Conjuntura - SINDISPREV 18:00H.

  • 24/10 2ª Parte do Seminário Estadual da Reorganização Sindical Nacional / Concepção Sindical - SINDISPREV 09:00H. às 14:00H.

  • 24/10 Reunião dos Educadores Sociais com o Enlace/SEPE - Gabinete do Chico Alencar 15:00H. às 17:00H.

  • 24/10 Festa da Educação - SINDISPREV 18:00H.

  • 30/10 Reunião do Enlace Sindical Nacional - São Paulo

  • 31/10 Reunião da Intersindical Nacional- São Paulo

  • 01/11 e 02/11 Reunião da Reorganização Nacional Sindical - São Paulo

  • 06/11 Conferência Estadual do Enlace - SINDJUSTIÇA 18:00H.

  • 07/11 Conferência Estadual do Enlace - SINDJUSTIÇA a partir das 09:00H.

  • 13/14/15 de Novembro Conferência Nacional do Enlace - São Paulo




  • As reuniões do GB Enlace serão nos dias 26/10, 12/11, 26/11 das 14:00 às 18:00. No Gabinete do Chico Alencar
  • No dia que tiver reunião da direção do SEPE- Central as reuniões serão no sindicato das 14:00 às 16:00.














  • sexta-feira, 16 de outubro de 2009

    Educar é humanizar

    Oficializada pelo presidente João Goulart, em 1963, a data de hoje, dia dos Mestres, foi inspirada no 15 de outubro de 1827, quando D. Pedro I decretou que todas as vilas e cidades do Brasil criassem escolas primárias.
    Essas escolas só ganharam vida com a ação de nossos professores, que têm empenhado suas vidas na educação de nossas crianças, jovens e adultos. Nessa data, que é também o dia de Santa Teresa D'Avila, mestra da espiritualidade, devemos refletir qual o significado do ofício de nossos educadores.
    Riobaldo, o jagunço-filósofo do Guimarães Rosa, costumava dar, sem saber, lições ao pé das lamparinas ou à sombra das árvores retorcidas do cerrado do grande sertão. Ensinava que "buriti quer o azul do céu mas não se aparta de sua água, carece de espelho: mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".
    Nas veredas da minha vida docente aprendi mais que ensinei. Um desses aprendizados veio a partir de uma jovem aluna da disciplina de Prática do Ensino de História, que ministrei na UFRJ. Eu pontificava, talvez com certa soberba, do "alto da experiência" de duas décadas na rede pública municipal, sobre a necessidade de o professor ter o raciocínio rápido e se mostrar dotado da agilidade mental que devia estimular no alunado, quando ela me interrompeu:
    - Está certo, professor. Então diga pra gente, em dez afirmações, o que é educar!
    Claro que a cobrança deu o rumo da prosa, isto é, do restante da aula. E gerou um debate muito rico. Ali, a dinâmica dialógica, substituindo o monólogo, provocou uma elaboração coletiva, isto é, produziu conhecimento. A "tempestade cerebral" revelou o interesse geral. Sem consultar nada além das informações acumuladas das leituras que ficaram - são as que prestam, na verdade - conseguimos criar algo que foi útil para todos, e nos melhorou como pessoas e como professoras (a maioria da turma era de mulheres e quase todas já lecionavam, ainda que sem licenciatura plena). Hannah Arendt, Paulo Freire, Rubem Alves, Darcy Ribeiro, Emilia Ferrero, Anísio Teixeira, Makarenko, Carlos Rodrigues Brandão e muitos outros - pedagogos, sociólogos, historiadores, antropólogos - foram sendo lembrados e nos ajudaram a compor esse decálogo, necessariamente sintético, que apresento aqui:


    1. Educar é humanizar, é tornar o ser humano, que tem condição e não natureza pré-determinada, mais humano, racional e gregário;
    2. Educar é descentrar, isto é, ajudar a superar o "pecado original" do egocentrismo, que está em toda criança, para encaminhá-la rumo à socialização;
    3. Educar é ensinar a olhar para fora - leitura do mundo, reconhecimento do outro - e para dentro - auto-conhecimento;
    4. Educar é fazer ler, escrever e contar para tornar o educando capaz de reflexão, narrativa e partilha;
    5. Educar é facilitar a percepção de cada um e de todos como seres naturais e culturais, dotados de objetividade e subjetividade, quebrando a dissociação corpo/espírito;
    6. Educar é ensinar a grande geografia, a percepção do nosso espaço vivido, e a imprescindível ecologia, pela qual nos compreendemos como parte da natureza, e não seus dominadores e exploradores;
    7. Educar é despertar em cada um a consciência da história, que valoriza o passado que nos constituiu, o presente que nos explica e o futuro socialmente mais justo e igualitário a ser construído;
    8. Educar é politizar, ou seja, estimular em cada aluno a consciência de classe e de cidadania, o espírito crítico e o ânimo participativo na civitas, na polis, na sociedade humana;
    9. Educar é possibilitar o discernimento entre informação, em geral meramente publicitária e dispersa, moldada para forjar consumidores, e conhecimento, que vai fundo no entendimento do mundo, e forma pessoas;
    10. Educar, enfim, é fazer artesanato, com a consciência de que a escola, por si só, não muda a sociedade, mas pode e deve transformar as pessoas, e essas, organizadas na cena pública, poderão revolucionar o mundo.

    Agradeço a atenção,

    Sala das Sessões, 15 de outubro de 2009.
    Chico Alencar
    Deputado Federal, PSOL/RJ

    Aos Profissionais da Educação

    “BATAM PALMAS PRA ELES, QUE ELES MERECEM”

    Por Neiva Lazzarotto

    Vice-Presidente do CPERS/Sindicato e do PSOL/RS
    Publicado em Zero Hora do dia 15/10/2009

    Hoje, no Brasil, somos 2.803.761 professores, em todos os níveis de ensino. Destes, 77% somos nós, da educação básica. Somos nós que recebemos seus filhos com um sorriso em escolas sem condições, com turmas lotadas, sem livros, computadores. Enfrentamos a violência, o narcotráfico, corremos de uma escola para outra, não temos condições de comprar livros, fazer um curso de pós-graduação; temos pouco tempo e dinheiro para frequentar um cinema ou teatro. Em nosso estado somos pouco mais de 50 mil em sala de aula e, apesar de todo o descaso dos governos, somos responsáveis por uma educação de destaque no país e por manter o Rio Grande como um dos estados que mais lê.

    Não é fácil. O ataque à educação não tem cor nem partido. O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, mas é um dos que menos investe em educação. O governo Lula destina apenas 4% do PIB ao setor. No pujante Rio Grande Yeda não investe mais do que 26% da receita líquida. Além disso, Yeda ataca os educadores ao tentar tirar o nosso plano de carreira e criar Fundos de Pensão, para agradar ao Banco Mundial. Lá em Novo Hamburgo, o prefeito Tarcísio também quer extinguir os planos de carreira dos professores e servidores municipais. Enquanto nossos vizinhos como Equador, Venezuela e Bolívia são declarados pela Unesco como território livre de analfabetismo o Brasil convive com 14 milhões de analfabetos. Isto tem que mudar!

    A média salarial no Brasil é de R$ 927,00, mas 50% dos docentes recebem abaixo de R$ 720,00 - dados da Pnad 2006. No RS o salário básico para uma jornada de 20 horas semanais é hoje de R$ 319,94. E no topo da carreira Nível 6 com pós graduação/ mestrado, aos 25 /30 anos de profissão ninguém passa de R$ 2.880,00. É o que custam os professores desse Rio Grande!

    Ao mesmo tempo em que digo obrigada por suas generosas palavras, Moacir Scliar (ZH 13/10), continuo insistindo que é urgente uma revolução na Educação. Começando por investir 10% do PIB. Por pagar no mínimo o piso salarial nacional para todos os professores do Brasil. Por 20 alunos no máximo por sala de aula. Por uma política de formação permanente para os professores e funcionários e pela imediata abertura de concursos públicos para atender toda a demanda desde a educação infantil ao ensino superior público.

    Por fim, se é verdade que os professores estão sofridos, muitos doentes, carentes, também é verdade que basta visitar as escolas para testemunhar que, milagrosamente, há muita coisa boa sendo feita ali. E principalmente, porque a vida e a tarefa de educar nos fazem sensíveis e comprometidos com os outros seres humanos, há esperança no coração destes lutadores! Assim, que é possível pedir para nossa sociedade: “Batam palmas pra eles, batam palmas pra eles, que eles merecem!” - música de Leci Brandão

    sexta-feira, 2 de outubro de 2009

    Proposta para a Nova Central Sindical

    Da nova Central Sindical
    A luta de classe no Brasil exige a costrução de uma ferramenta de frente única que organize todos os trabalhadores e as trabalhodaras abarcados pelo que chamamos de mundo do trabalho.
    A central do mundo do trabalho e composta por trabalhadores e trabalhadoras no universo do trabalho formal ou informal.
    A reorganização do movimento dos trabalhadores e trabalhadoras passa por enfrentar, um grau de fragmentação das organizações os elementos da fragmentação promovida pela reestruturação do capital para milhões de trabalhadores.
    A central e os sindicatos devem reconhecer que existem segmentos dupla ou triplamente oprimidos nestes mais de 500 anos de dominação. Mas o movimento sindical não deve disputar espaço com estes segmentos, mas unir-se a eles na luta geral.
    Portanto, além da cosntrução da central do mundo do trabalho devemos construir, a partir das diversas experiências, uma ampla organização que articule o movimento sindical, o movimento estundatil, os diversos movimentos populares, as distintas formas de expressão da luta contra as opressões de gênero, etnia, orientação sexual, bem como movimentos de direitos humanos, ecossocialistas etc.
    Da Democracia:
    A Democracia Sindical e a chave para a cosntrução da unidade e para ser efetivamente democrática a central e seus sindicatos devem incorporar em sua prática cotidiana, os elementos fundamentais da democracia socialistas, consistentes.
    E para ter efetivamente a democracia como ponto de sua organização a central que estamos construindo deve ter, necessariamente:
    * Direção colegiada.
    * Participação das bases na direção.
    * Proporcionalidade nas eleições sindicais.
    * Realização periódicas, de congressos de ramo ou da categoria representada pela entidade.
    * Atividade voltada para abarcar a massa dos/das representados/representadas.
    Internacionalismo:
    A central que estamos construindo deve manter as mais amplas relações internacionais sem privilégios desta ou daquela articulações e respeitando as relações das diversas organizações e tradições que compõem a central

    Relação Com os Partidos Políticos:
    Entendemos, ademais, que uma entidade sindical deve ter a mais completa autonomia e independência com relação a qualquer governo, aos patrões e aos partidos políticos, quer seja no campo quer seja na questão estrutural e financeira. Isto posto, a central e os sindicatos não devem utilizar recursos públicos ou patronais para manutenção e realização de suas atividades, buscando a auto-sustentação com convecimento livre e direto da necessidade de que os próprios trabalhadores e trabalhodoras sustentem suas organizações. Nesse sentido defendemos o combate frontal ao imposto sindical, bem como utilizações de verbas governamentais ou patronais nas ações sindicais.