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sábado, 3 de abril de 2010

Campanha “O Petróleo Tem que Ser Nosso!” lança concursos junto a escolas e universidades


Foram lançados nesta quarta, 24, no Fórum Social Urbano, os concursos de “texto e imagem” – para o ensino fundamental – e de trabalhos universitários, promovidos pela Campanha “O Petróleo Tem que Ser Nosso!” O lançamento foi durante ato-show, animado pela Orquestra Voadora, no Centro Cultural Ação da Cidadania, na Gamboa, centro do Rio.O concurso de texto e imagem é destinado aos estudantes das redes pública e particular do Estado do Rio de Janeiro, do pré-escolar ao segundo grau.

O concurso para ao público universitário é de caráter nacional e aceitará trabalhos em várias modalidades - áudio, vídeo, texto literário, texto acadêmico, texto jornalístico, trabalhos digitais, artes plásticas, desenho, fotografia e criatividade livre.

As inscrições vão até o dia 7 de junho e podem ser feitas pelo site http://www.concursopetroleo.org.br, onde os interessados poderão obter maiores informações. São parceiros na organização dos concursos os sindicatos de professores – SEPE-RJ e SINPRO-Rio - a UEE/RJ (União Estadual de
Estudantes), Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Grêmios do Colégio Pedro II, DCE da UFF, DCE da UFRJ, além do Sindipetro-RJ.
Os melhores trabalhos receberão vários prêmios e serão publicados. Conheça a
seguir, o regulamento dos dois concursos:
1º Concurso Estadual de Texto e Imagem da campanha "O Petróleo Tem que Ser
Nosso!"
http://www.concursopetroleo.org.br

1º Concurso Nacional de Trabalhos Universitários da campanha "O Petróleo Tem
que Ser Nosso!"
http://www.concursopetroleo.org.br

Fonte: Agência Petroleira de Notícias, 24-03-10

FSU discute megaeventos


“Vale a pena sediar um grande evento esportivo? Se vale, vale para quem?”, assim começaram as provocações do mediador Luiz Mario Behnken, do Comitê Social do Pan, na mesa de debate “Os Megaeventos como modelo de desenvolvimento: efeitos e contradições”, na quarta-feira, dia 24 de março, durante o Fórum Social Urbano.

Fizeram parte da mesa Alan Mabin, da University of the Witwatersrand, África do Sul, Gilmar Mascarenhas, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), João Sitte, da Universidade de São Paulo (USP) e Carlos Vainer, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Após refletir sobre a questão, todos chegaram à conclusão de que não vale a pena investir bilhões em megaeventos como por exemplo, nos Jogos Olímpicos.

O professor de geografia Gilmar Mascarenhas diz que o Brasil optou por se projetar mundialmente através dos megaeventos, mas que o custo disso quem paga é o cidadão. “Os efeitos desses eventos são dívidas e o desfinanciamento de áreas como a saúde e a educação. No ano do Pan, o Rio enfrentou sua maior epidemia de dengue. Todo o dinheiro estava comprometido com os jogos. Os eventos são para assistir e não desenvolver”, explica Gilmar.

Já o professor Carlos Vainer diz que a questão hoje é da competição entre cidades. “Essa definição foi retirada de um documento do Banco Mundial. E o objetivo é organizar o espaço urbano para assegurar à cidade uma posição melhor no sistema competitivo”, diz. Além disso, o professor explica que a única lógica que existe na cidade é a lógica do mercado. E os cidadãos ‘descidadanizados’ se transformam nos detentores do capital e acionistas majoritários da cidade. Outra parte se torna consumidora. E para o restante, não há espaço na cidade mercado.

Enquanto isso na África…
A cerca de 80 dias para o início da Copa na África do Sul, o sulafricano Alan Mabin participa da mesa de debate sobre os megaeventos e se questiona porque os cariocas estão comemorando o fato de sediar um grande evento. Segundo Alan, uma das coisas que mais o preocupa é a diferença entre o valor inicial e final das obras, “é uma imensa quantidade de recurso, o que significa uma enorme oportunidade de bons negócios para alguns, mas também uma oportunidade de corrupção, de clientelismo e concentração de poder”.

Ainda segundo o pesquisador, grandes estádios estão sendo construídos à custa de trabalhadores com longa jornada de trabalho e salários muito baixos e ainda assim a taxa de desemprego no país chega a 40%. “Não se trata apenas de construção de estádios, os governantes dizem que haverá emprego, investimento em transporte público, que haverá impactos positivos, mas algumas perguntas permanecem como qual será o legado para a África e quais as oportunidades de negócios para os africanos?”.

Alan conta também que por causa dos jogos, a África está militarizando a polícia. Mega projetos acabam resultando em conflitos sociais entre as elites dominantes que tendem a responder através da violência e da militarização. Já em relação aos benefícios que esses eventos podem trazer, o pesquisador lembra que o transporte público em seu país supostamente poderá ser beneficiado, mas que mesmo assim, um grande número de taxistas ficaria à margem. Além disso, os sulafricanos também poderão sofrer com a falta de transporte uma vez que esse sistema ligará apenas a área dos jogos aos hotéis. “Esse tipo de transporte também está previsto para o Rio de Janeiro”, lembra.

Alan finaliza sugerindo que esses mega eventos irão dividir as pessoas e eles vão gerar conflitos. “O que podemos fazer é olhar por outra dimensão e esperar as oportunidades que esses eventos nos abrem. Aqueles que são ativos em movimentos sociais devem criar meios e maneiras de levar adiante a luta. Não mudaremos o mundo de um dia para o outro. Esse debate nos faz lembrar que é preciso trabalhar juntos”, completa.

Antes das Olimpíadas virarem megaeventos
Segundo o professor Gilmar, hoje os eventos esportivos carregam interesses econômicos, políticos, sociais e ideológicos. E por ter um alto investimento, a sociedade civil começou a exigir e discutir o legado desses eventos.

O professor conta que em 1963 a cidade de São Paulo foi sede do Pan Americano e os atletas ficaram alojados na vila dos estudantes da Universidade de São Paulo que ainda estava em construção na época. Ou seja, a moradia garantida aos atletas era o custo da USP. O Exército cedeu centenas de beliches dos quartéis para que em cada quarto coubesse de seis a oito atletas. “Em 63, não houve legado porque a USP já estava sendo construída e no Rio, em 2007, os apartamentos da vila do pan foram vendidos pela iniciativa privada. Não houve legado para a população”.

Ainda sobre o Pan de São Paulo, Gilmar conta que naquela época o Estado só foi acionado no último momento pelo comitê olímpico por causa do medo de não conseguir arcar com todos os custos. As empresas faziam doações de alimentos e cada país que participou dos jogos arcou com as passagens. Já no Pan do Rio, em 2007, a prefeitura pagou todas as 7.500 passagens aéreas para os dirigentes e atletas que vieram participar dos jogos. “Hoje o Estado prepara o palco para que as marcas, as empresas, desfilem durante os jogos”, diz Gilmar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Soberania Alimentar: Podemos Alimentar o Mundo

Soberania alimentar: podemos alimentar o mundo
* Esther Vivas

Vivemos um contexto de crise sistêmica múltipla: econômica, ecológica, alimentar, de cuidados, energética. E o sistema capitalista, longe de dar resposta a uma crise que ele mesmo criou, aposta em mais do mesmo : maior privatização dos serviços públicos, espoliação dos recursos naturais, soluções tecnológicas à mudança climática, ajudas às empresas privadas e aos bancos.

A crise alimentar mostra uma das faces mais dramáticas do sistema capitalista atual, com mais de 1 milhão de pessoas no mundo, uma de cada seis, que passam fome, especialmente nos países do sul. Paradoxalmente, nos últimos 20 anos, enquanto a população crescia em um ritmo de 1,14% anual, a produção de alimentos aumentava em mais de 2%. Com essas cifras podemos concluir que, na atualidade, se produz comida suficiente para alimentar a população mundial. Mas, qual é o problema? É que se não se tem dinheiro suficiente para pagar o seu preço, não se come.

As políticas neoliberais aplicadas à agricultura nos últimos 30 anos ( revolução verde, deslocamento, livre comércio, descampesinação…), nos conduziu a uma crescente insegurança alimentar. A comida se converteu em um negócio, um bem privatizado, nas mãos de um punhado de empresas da indústria agro-alimentar, com o beneplácito de governos e instituições internacionais.

Frente a esta situação, Cúpula após Cúpula, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação ( FAO), o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o G20, junto com as principais empresas do setor, nos dizem que para sair da crise é necessário uma nova revolução verde, mais transgênicos e livre comércio. Querem-nos fazer crer que as políticas que nos conduzem a esta situação, não tirarão da mesma.

Agricultura local, camponesa e ecológica

Mas existem alternativas. A relocalização da agricultura nas mãos do campesinato nos permitirá garantir o acesso universal aos alimentos. Assim constatam os resultados de uma exaustiva consulta internacional que durou 4 anos e envolveu mais de 400 cientistas, realizada pela Avaliação Internacional do Papel do Conhecimento, a Ciência e a Tecnologia no Desenvolvimento Agrícola ( IAASTD, nas siglas em inglês), um sistema de avaliação impulsionado por ninguém mais ninguém menos que pelo Banco Mundial em parceria com a FAO, o PNUD, a UNESCO, representantes de governos, instituições privadas, científicas, sociais, etc…tomando como modelo o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática e a Avaliação dos Ecossistemas do Milênio.

É interessante observar como, apesar de que o informe tinha por trás estas instituições, concluía que a produção agroecológica provia de recursos alimentares e monetários aos mais pobres, uma vez que gerava excedentes para o mercado, sendo a melhor garantia de segurança alimentar comparado com a produção transgênica. O informe do IAAST apostava pela produção local, camponesa e familiar e pela redistribuição das terras em mãos das comunidades rurais. O informe foi rechaçado pelo agronegócio e arquivado pelo Banco Mundial, ainda que 61 governos o tenham aprovado discretamente, a exceção dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, entre outros.

Na mesma linha se posicionava um estudo da Universidade de Michigan (2007), que concluía que as granjas agroecológicas são altamente produtivas e capazes de garantir a segurança alimentar em todo o planeta, contrariamente à produção agrícola industrializada e ao livre comércio. Suas conclusões indicavam, inclusive as estimativas mais conservadoras, que a agricultura orgânica poderia prover ao menos tanta comida em média como a que se produz na atualidade, ainda que seus pesquisadores considerem, como estimativa mais realista, que a agricultura ecológica poderia aumentar a produção global de comida em 50%.

No âmbito da comercialização, têm se demonstrado fundamental, para romper com o monopólio das grandes cadeias de distribuição, a aposta em circuitos curtos de comercialização ( mercados locais, venda direta, grupos e cooperativas de consumo agroecológico), evitando intermediários e estabelecendo relações de proximidade entre produtor e consumidor, baseadas na confiança e no conhecimento mútuo, que nos conduzam a uma crescente solidariedade entre o campo e a cidade. Na atualidade, a grande distribuição (supermercados, cadeias de desconto, hipermercados, etc) monopoliza a cadeia de comercialização dos alimentos, tirando o máximo benefício às custas da exploração dos trabalhadores, camponeses, meio ambiente.

A soberania alimentar se demonstra, deste modo, como a melhor alternativa para acabar com a fome no mundo. Trata-se de devolver o controle das políticas agrícolas e alimentares aos setores populares (camponeses, trabalhadores, consumidores, mulheres), assim como seu acesso a terra e aos bens comuns ( água, sementes). Uma soberania alimentar que terá que ser profundamente feminista, reconhecendo o papel da mulher como garantidora da alimentação em escala mundial, e lutando contra a opressão não só de um sistema capitalista, mas também patriarcal.

*Contribuição à oficina sobre agroecologia e soberania alimentar realizada na 2ª Conferência sobre Decrescimento - Barcelona, 26 a 28 de março de 2010.

**Esther Vivas é membro do Centro de Estudos sobre Movimentos Sociais de la Universitat Pompeu Fabra en Barcelona, ativista e co-autora de livros como Del campo al plato (Icaria editorial, 2009) o Supermercados, no gracias (Icaria editorial, 2007), entre outros. Tradução para português de Paulo Marques para o http://www.brasilautogestionario.org

***+ info en: http://esthervivas.wordpress.com/portugues
/

sábado, 27 de março de 2010

Sequestro sobre os meios de comunicação

Sequestro sobre os meios de comunicação ataca a democracia interna
A retirada do site nacional do PSOL do ar, desde o dia 23 de março, pela minoria dos membros da executiva que apóiam a chapa de Martiniano Cavalcanti, constitui um grave ataque a democracia e a legalidade partidária. Além do site nacional do PSOL, também foi sequestrado o site da liderança da bancada e todos os e-mails das secretarias foram capturados e invadidos.

Desde esse dia a secretaria de comunicação e a secretaria geral tomaram as seguintes medidas: 1) informar a militância partidária do grave fato ocorrido; 2) recolocar o mais rápido possível um novo site no ar, com outro domínio, dado que o www.psol.org.br fora seqüestrado; 3) adotar medidas cabíveis para retomar o controle do site nacional do PSOL.


Os autores deste ataque contra os meios de comunicação oficiais do PSOL devem ter imaginado que esta ação não seria identificada pela maioria da executiva nacional. Mas após uma verificação nos registros na internet, constatou-se que o seqüestro do site nacional do PSOL havia sido feito pelo ex-assessor do ex-secretario de comunicação do PSOL, Martiniano Cavalcanti. Diante deste flagrante, os membros da minoria da executiva nacional que apóiam a candidatura de Martiniano Cavalcante tiveram que enviar uma nota ao partido assumindo que foram eles mesmos os responsáveis pelo seqüestro do site nacional do PSOL. Ou seja, dois dias após terem dado o golpe contra os instrumentos oficiais de comunicação do PSOL, e após terem percebido que seria possível identificarmos os responsáveis por este grave ato contra o partido, resolveram assumir a autoria desta ação de seqüestro do site nacional, através de nota emitida neste dia 26 de março de 2010 pela minoria da Executiva.

Nesta nota em que a minoria assume o seqüestro do site, tentar justificar o injustificável, afirmando que o golpe seria para defender a democracia no partido, que não estaria sendo respeitada, apontando como exemplo uma nota do secretário geral, Afrânio Bopprè, contestando a emissão de números extra-oficiais por parte de uma das candidaturas como forma de fazer valer ao partido um resultado duvidoso. Apontam que isso constituiria instrumentalizar o site para a candidatura Plínio. Trata-se de querer encontrar uma “Sarajevo” (falsa justificativa para iniciar a I Guerra Mundial) como justificativa para seus atos de ataque e desrespeito às instâncias partidárias e seus filiados.

Os símbolos, os instrumentos de comunicação, a bandeira do PSOL não têm donos. Não pertencem a nenhum de seus militantes, nem mesmo a sua presidente, mas a todos os filiados do PSOL. E tanto a secretaria geral, quanto a secretaria de comunicação, sabedores desses critérios, sempre agiram com imparcialidade com os instrumentos de comunicação do PSOL. As reclamações principais em relação a comunicação do PSOL não eram sobre o site, mas sobre a utilização exaustiva e exclusiva da lista de e-mails do PSOL desde a sua fundação, como spam e propagação de informações de apenas uma das candidaturas e sob controle do grupo de Martiniano. Ou seja, acusam os demais de praticarem exatamente aquilo que eles fazem no cotidiano: utilizar as instâncias partidárias para instrumentalizar suas posições, usar as comunicações do PSOL como forma de privilegiar uma única versão dos fatos, fazer uso de e-mails como forma de combater qualquer posição divergente, fazer da internet o campo da desqualificação política e do debate rasteiro.

A ação de seqüestro do site foi tão violenta que em nenhum momento os secretários de comunicação do partido foram comunicados da ação dos que agora assumem este ato. Simplesmente utilizaram da ação de hacker de Haldor Omar, através do registro do domínio do site do partido nos seus primórdios em uma associação que nem existe mais, para colocar fora do ar não apenas o site do PSOL, mas também o site da Liderança da Bancada Federal e invadir os e-mails das secretarias. Se a intenção dos que subscrevem a nota fosse de “zelar pela democracia partidária” não seqüestrariam de uma só vez além do site do PSOL, o site da Liderança do Partido na Câmara, além de invadirem o e-mail da secretaria geral. No site da liderança, instrumento informativo da Bancada Federal, não há sequer uma informação acerca da disputa da Conferência. Por isso nos estranha que queiram calar todos os meios de comunicação partidários que não estejam sob o estrito controle desta minoria e até mesmo nosso órgão de ação parlamentar. Por isso, esta atitude não passa de um golpe orquestrado por um setor que tenta deslegitimar a direção partidária, que não reconhece a legalidade das instâncias e da maioria da atual direção nacional e executiva, que se julga dona do partido e trabalha, neste momento, de modo consciente, para provocar uma ruptura no PSOL. É disso que se trata.

A falta de referência moral chegou a tal ponto que se dão ao luxo de divulgarem uma nota assumindo o próprio golpe que praticaram contra os meios de comunicação oficiais do partido, como se essa fosse uma atitude natural e legítima dos que se julgam proprietários do PSOL. Tomaram os instrumentos de comunicação do PSOL como propriedade do seu grupo, à revelia das instâncias e durante uma “madrugada”, como eles próprios confessaram. A Executiva Nacional já está tomando as providências necessárias e estamos fazendo o possível para ainda hoje termos um novo site nacional do PSOL no ar, com o domínio provisório www.psolnacional.com.br. Por último, reafirmamos a necessidade da Conferência Eleitoral Nacional e de nossas instâncias responderem a esse ataque. Não nos calarão!

Edson Miagusko - 1º Secretário de comunicação do PSOL

Fabiano Garrido - 2.º secretário de comunicação do PSOL

terça-feira, 2 de março de 2010

Manifesto de Apoio a Plínio

Partidários e lideranças do PSOL lançaram, nesta segunda-feira (01), um manifesto em favor da candidatura do promotor aposentado Plínio de Arruda Sampaio à presidência da República. O lançamento ocorreu durante uma coletiva realizada no plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

O texto é assinado por três deputados estaduais (Carlos Giannazi, Marcelo Freixo e Raul Marcelo), dois deputados federais (Chico Alencar e Ivan Valente), pelo senador da sigla, José Nery, representantes de diretórios estaduais e seis vereadores, além de 35 dos 61 integrantes do diretório nacional e seis das nove tendências internas. O documento também é subscrito ainda por intelectuais que já haviam declarado apoio à pré-candidatura de Plínio em um manifesto em outubro do ano passado.

A indicação do Psol será definida em uma conferência eleitoral que acontece nos dias 10 e 11 de abril, no Rio de Janeiro. Além de Plínio, foram indicados os nomes de Martiniano Cavalcante, dirigente do PSOL em Goiás, e o ex-deputado federal Babá.

Na opinião do líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, Ivan Valente, Plínio “é a candidatura que pode melhor expressar o que há de luta, de resistência, de aglutinação nos setores populares e sociais”. Com base nessa opinião, o PSOL pretende atrair também o PSTU e o PCB, que em 2006 compuseram a “Frente de Esquerda” que apoiou Heloísa Helena.

O deputado estadual Raul Marcelo, líder da bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo, argumentou que a candidatura de Plínio será a única que poderá “falar a verdade” no processo eleitoral, “porque não terá financiamento de empreiteiras ou de bancos. Não vai ter financiamento de empresa na campanha do PSOL”, concluiu.

Plínio, que completa 80 anos em julho, disse ter aceitado a candidatura por acreditar que ainda pode contribuir para o país. "O Brasil precisa de um projeto de nação e o PT abandonou isso e está com um projeto na essência igual ao do PSDB, que é esse neoliberalismo que entrega tudo. Voltamos a ser uma economia agroexportadora, quando deveríamos estar desenvolvendo nosso parque industrial”, afirmou.


Leia, abaixo, o manifesto pró candidatura:


“Plínio arruda Sampaio presidente!"

A III Conferência Nacional Eleitoral do PSOL é um momento importante da história de nosso partido, pelo cenário político em que ela se desenvolve e os objetivos que ela pretende alcançar. Nesta Conferência definiremos o candidato que nos representará nas eleições de 2010, o programa de governo, a política de alianças e a linha de campanha. Há no debate nacional uma falsa polarização entre dois blocos políticos que o PSOL não pode se furtar da tarefa de desmistificar: de um lado o PT, PMDB e seus aliados e de outro o bloco liderado pelo PSDB e DEM. Esta polarização é na essência a certeza de que fica garantida a estabilização dos interesses dominantes em nosso país, ou seja, ganhe quem ganhar dentre estas duas hipóteses nada mudará de substantivo na vida de nosso povo. No caso de Marina Silva/PV, ficou demonstrado que sua articulação não tem interesse em se opor ao sentido político, programático e ideológico expressos nas opções dos dois blocos de partidos dominantes no país.

A disposição em confrontar projetos dos adversários é que justifica a construção do PSOL e sua participação nas eleições de 2010. Nossa tarefa, no entanto, não se resume a denunciar a falsa polarização entre dois blocos políticos conservadores. Mas, sobretudo, nos apresentar como alternativa política de esquerda para o povo brasileiro. Por isso, a unidade política real e sincera do partido para cumprir esta tarefa é fundamental.

É contra a permanência da estrutura perversa DO CAPITALSIMO que o PSOL deve se apresentar como porta voz de um novo projeto de sociedade. Que se referencie no atendimento das demandas mais imediatas da população, mas aponte, por meio de medidas transitórias, para uma profunda transformação social, econômica e cultural no Brasil.

Este novo projeto de sociedade passa necessariamente por um programa de caráter popular, democrático, ecológico, socialista e que reúna capacidade de promover a necessária transição para superar a sociedade capitalista, engendrando rupturas para a afirmação do socialismo. Para tanto, questões como auditoria da dívida pública com a suspensão do pagamento dos juros e amortizações do principal; serviços de saúde e educação pública; defesa da soberania nacional através do controle dos recursos nacionais e energéticos pelo estado; defesa da Amazônia; a relação homem/natureza definida por meio de um ponto de vista ecossocialista; combate implacável à criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, e a realização da reforma agrária e da reforma urbana, são algumas das bandeiras que devem estar no centro de um programa que enfrente a atual política econômica e responda a crise social vigente no país.

Por isso, uma das principais tarefas da III Conferência Nacional Eleitoral do PSOL será aprofundar o debate destes temas e avançar na elaboração de um programa para o Brasil que seja capaz de responder a complexidade da disputa eleitoral de 2010. O programa do partido deve ser visto enquanto uma construção coletiva que envolva todos os seus militantes, setoriais, grupos e tendências, levando em conta sua real inserção nos movimentos sociais e a sua rica pluralidade.

Para representar esse programa e enfrentar o quadro adverso da disputa presidencial de 2010, o melhor candidato para o PSOL é o camarada Plínio de Arruda Sampaio. Sua autoridade moral, história e reconhecimento público junto a vários setores da esquerda, da intelectualidade, dos movimentos sociais e populares, conquistados em mais de 50 anos de vida pública, o credenciam para realizar o grande debate sobre os rumos do Brasil. Plínio expressa a persistência da luta e a força da convicção no projeto socialista. Em seu mandato de deputado federal constituinte, em suas duas campanhas para governador de São Paulo, sendo a última pelo PSOL, com mais de meio milhão de votos, e em tantas outras ações de envergadura nacional, como sua atuação destacada na luta pela reforma agrária. Em 2010, Plínio colocará sua experiência e convicção a serviço da construção do PSOL como uma ferramenta democrática e plural indispensável para a continuidade da luta por outro Brasil. Nós, que subscrevemos este manifesto, temos confiança na palavra firme, serena e radical de Plínio, e por isso viemos a público esclarecer nossas razões políticas em apoiá-lo. Além das características positivas que encontramos em Plínio, consideramos que sua pré-candidatura é a personificação de um compromisso partidário, composto por correntes políticas, personalidades públicas, lideranças do movimento popular, sindical, da nossa juventude, do acúmulo organizativo de nossos setoriais e ativos partidários tais como, mulheres, negros, indígenas, de que o PSOL deva ser fortalecido enquanto uma ferramenta democrática e uma alternativa programática de esquerda para o Brasil.

A tática de campanha que defendemos – para veicular na propaganda de TV e rádio, nos debates e em qualquer espaço público em que estivermos presente - é associar a defesa deste programa com uma forte propaganda pelo voto na legenda e nos candidatos a deputados estaduais e federais pelo PSOL. O chamado para que a população vote no PSOL 50 deve estar fortemente associado ao imprescindível objetivo de manter e ampliar a representação parlamentar do PSOL no congresso nacional e nas assembléias legislativas, por ser um partido que tem compromisso com as causas populares e combatido fortemente a corrupção.

A campanha eleitoral do PSOL também será uma ferramenta para a reorganização da esquerda socialista brasileira. Por isso, defendemos que a campanha seja uma construção coletiva e unitária, com a participação de todas as tendências e setores do partido, respeitando a decisão soberana que será tomada pela III Conferência Nacional Eleitoral do PSOL. Este é um compromisso que o companheiro Plínio e os apoiadores de sua pré-candidatura assumem, desde já. Plínio é militante de partido e estará em completa sintonia com a direção política do PSOL. Plínio, como candidato a presidente, não será representante de parte do partido
ou daqueles que o apoiaram. Será o candidato de todo o PSOL.

Este chamado à unidade será estendido aos demais setores da esquerda socialista, como o PSTU, o PCB, os movimentos sindicais e populares e os milhares de ativistas espalhados pelo nosso país. Nesta conjuntura é imperiosa a unidade no campo da esquerda socialista para a necessária construção de uma alternativa de esquerda ao governo do PT. A construção desta unidade e alianças deverá ser coordenada pela direção nacional do partido, com o mandato que a III Conferência Nacional Eleitoral certamente irá lhe conferir.

Por fim, queremos convocar todos os militantes a participarem das plenárias municipais e encontros estaduais que irão debater e eleger os delegados do partido à III Conferência Nacional Eleitoral do PSOL. Vamos juntos construir uma grande conferência eleitoral, que reafirme o caráter democrático de nosso partido e fortaleça a nossa unidade para enfrentar os candidatos do governo e da oposição de direita. Vamos colocar o PSOL em movimento, nas ruas, nas lutas populares, nas eleições, para fortalecê-lo cada vez mais enquanto um espaço democrático de reorganização da esquerda brasileira e de lutas pela transformação socialista do Brasil.

Ousar, Lutar e Vencer!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Enlace apoia a Candidatura de Plínio Arruda Sampaio








É com satisfação que no final de semana de 06/02 à 07/02 o Enlace, em sua conferência nacional, decidiu pelo apoio à candidatura de Plínio Arruda Sampaio para presidente.A decisão teve como fundamentos o trabalho que temos pela frente de consolidar a nova direção do partido, eleita no último congresso, e garantir um rumo ecossocialista para a campanha presidencial.Plínio esteve presente na conferência do Enlace quando deixou claro que defenderia na campanha o programa que o partido fosse definir e demonstrou disposição de colocar a questão ambiental no centro dos debates da campanha, posições que são muito caras para nós do Enlace.

Acreditamos que, no quadro atual do partido, a candidatura que melhor dialoga com este programa é a do companheiro Plínio Arruda Sampaio, que pela sua trajetória de vida e de luta já demonstrou sua capacidade. O sentido de nos colocarmos nesta campanha, é o de contribuir na construção de uma campanha ecológica, popular e socialista, que dialogue com as diferentes realidades da população, sem perder de vista o caráter pedagógico e de formação que os socialistas têm em relação às campanhas eleitorais.
A campanha que defendemos, e que procuraremos implementar através de um constante, profundo e fraterno diálogo com o candidato e as outras forças políticas que o apóiam, tem como marca ser uma campanha para o povo, e não somente voltada para o necessário diálogo e aproximação com a vanguarda de lutadores sociais. Dessa forma, é uma campanha comprometida com a alteração do padrão tradicional que as campanhas políticas vêm tendo no Brasil. Será uma campanha a serviço das lutas e de convocação militante, tendo como pressuposto básico a independência de classe.
Da mesma forma, acreditamos que a campanha deva abrir um espaço permanente de discussão sobre pontos mais profundos, como o caráter do capitalismo brasileiro e sua inserção internacional, sem que elas possam se tornar questões intransponíveis entre nós.
Fazemos então um chamamento às forças políticas que compuseram a chapa vitoriosa no II Congresso do PSOL, ao engajamento nesta campanha, acreditando que este movimento se coaduna com o que nos uniu naquele Congresso, na construção de um PSOL comprometido com as lutas reais dos trabalhadores e setores mais pobres da população, que só será possível com um PSOL radicalmente democrático.





POR UMA ALTERNATIVA POPULAR, ECOLÓGICA E SOCIALISTA PARA O BRASIL - PLÍNIO PRESIDENTE

sábado, 13 de fevereiro de 2010


De 25 à 29 de janeiro nos do Enlace participamos do Fórum Social Mundial, que aconteceu no Rio Grande do Sul.
Muitos de nos participamos de toda discussão principalmente nas mesas sobre educação.
Este ano o fórum foi um pouco diferente já que aconteceu em duas etapas Rio Grande do Sul e Bahia. Estivemos presentes em ambos.
Quem quiser ver mais fotos a apresentação de slaid na lateral do blog.